Uma recente noticia do SFT deixou uma sensação de invasão de privacidade: o STF pode ver tudo que eu faço nas redes sociais. No entanto, o monitoramento não será geral mas se limitará aos conteúdos que fizerem menções ao Supremo Tribunal Federal. Entenda como funcionará na prática.
Entenda o caso
O Supremo Tribunal Federal (STF) está buscando uma empresa para monitorar sua presença online em redes sociais em tempo real.
A empresa contratada deverá enviar alertas instantâneos, relatórios diários, semanais e mensais com análises detalhadas, e elaborar um plano mensal de ação estratégica para a atuação do STF nas redes. Essa ação faz parte dos esforços do STF para combater a desinformação nas redes sociais.
Um outro detalhe que chamou a atenção sobre essa ação é o orçamento, estipulado em R$ 344.997,60.
O monitoramento será contínuo, 24 horas por dia, durante todo o ano, abrangendo diversas plataformas como Facebook, X (ex-Twitter), YouTube, Instagram, e TikTok. Não foi especificada a quantidade de menções a serem monitoradas, mas o edital menciona que o volume pode variar conforme eventos específicos.
Segundo informações, a intenção do STF é ter o controle da sua imagem pública, classificando as menções como positivas, negativas ou neutras.
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STF pode ver tudo que eu faço nas redes sociais?
Não. O monitoramento será feito apenas aos conteúdos que mencionarem o STF. O objetivo é rastrear e encontrar os conteúdos que falam diretamente sobre o STF e seus respectivos criadores.
O que não sabemos ainda, é quais serão são as medidas a serem adotadas pelo Supremo diante das informações falsas e/ou indesejadas.
Como funcionará na prática?
O STF não se contentará apenas em saber o que é dito sobre si nas plataformas digitais, mas sim quem está dizendo e de onde as menções estão vindo.
- Mapeamento completo: A empresa contratada terá a missão de fornecer análises detalhadas do conteúdo publicado, incluindo listagens de autores e suas respectivas localizações. Através de ferramentas de georreferenciamento, será possível traçar um panorama preciso da origem das postagens, mapeando os diferentes públicos que se engajam em debates sobre o STF.
- Relatórios sob medida: Ministros do Supremo receberão relatórios periódicos, com balanços diários, semanais e mensais do monitoramento. Essa inteligência de dados permitirá acompanhar a evolução das conversas online e identificar tendências.
- Compartilhamento estratégico: As informações coletadas poderão ser compartilhadas com a Polícia Federal, alimentando investigações e ações estratégicas.
- Formador de opinião na mira: Um dos pontos altos do monitoramento será a identificação de influenciadores que se destacaram em debates relacionados ao STF. Os relatórios fornecerão análises aprofundadas dos posicionamentos desses formadores, mapeando sua capacidade de engajamento e repercussão nas redes.
- Impacto amplo: A empresa vencedora da licitação também terá a responsabilidade de avaliar o impacto geral das mobilizações online em torno de temas ligados ao STF. Essa avaliação incluirá análises dos reflexos dessas mobilizações na opinião pública, mapeando as percepções e sentimentos da sociedade em relação à Corte.
- Mais do que monitoramento: O monitoramento das redes sociais pelo STF se configura como uma ferramenta poderosa de gestão da imagem institucional e de acompanhamento do debate público. Através da coleta e análise criteriosa de dados, a Corte busca aprimorar sua comunicação, fortalecer sua relação com a sociedade e identificar potenciais riscos à sua imagem e reputação.
Por fim, para mais detalhes sobre o processo licitatório e as especificações do serviço de monitoramento. Você confere todos os detalhes do pregão clicando aqui.
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Conclusão
A licitação do STF para monitorar redes sociais diz que visa combater a desinformação e proteger a segurança dos ministros, analisando o impacto das postagens. No entanto, fica a dúvida se seria essa uma forma de controle da liberdade de expressão e repressão a informantes que não dizem o que o governo quer.